Uma só gaveta.
Dentre dantas numa cômoda.
Uma só gaveta,
Indiferente e tão incômoda.
Era só uma peça.
Mais um móvel entre tantos.
Uma coisa sem fundo,
Lotada em tantos prantos.
Gaveta na mesa, guarda-roupas ou escrivaninha.
Lembrança temporã, colorida e azevinha.
Peça inútil em que escondo: vida, sombra e imensidão;
Decorativa gavetinha, de alegria, choro, solidão.
Que tens de tão especial, gaveta marrom?
Que tens que abre e fecha fazendo o mesmo som?
Que de diferente há em ti,
Que não coloquei do que há em mim?
19 de Maio de 2013.
-Fabiano Gozzo (e Karina Carrasqueira)
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