quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Acalento

Acalento (ou saudades da vovó)

Eu não quero mais
beijos de despedida.
Não quero mais o gosto amargo do "adeus".
Entre o "oi" e o "tchau" uma vida,
sempre mais curta do que a gente queria.

Hoje eu senti saudades,
eu limpei os armários
e deixei sair todas as memórias.

E eu chorei,
chorei porque lembrei
com grande satisfação de todas as coisas boas que vivi.

Tristeza é coisa de quem nunca teve alegria.
A quem falta a esperança, melancolia.

Eu chorei,
e ainda choro, menos a cada dia.
Porque saudade é coisa boa.
É a alma cheia de amor, um acalento.

É um amor que nunca morre,
porque vive em mim.

20 de Setembro de 2012.

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